segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O Jogo Inconsciente

O maestro adentrou a arena vertiginosa, e não foi ouvida a sua tentativa de abafo aos instintivos sons dos corpos vaidosos e necessitados de sabedoria, as palavras corriam no interior dos crânios, que mesmo estando cheios abriam espaço para que somente estas palavras de tom explicativo e de inestimável valor pudessem passar pelo corredor e ofuscar seus olhos com a forte luz do túnel até que se perdessem pelo ar junto junto com outras mil palavras em vão.
Um terço de parede verde floresta servia para ilustrar qualquer coisa, desde o fracasso do homem em tentativas frustradas de tentar entender a si mesmo até o sucesso de uma formiga feita simplesmente de dados tecnológicos e que já fora esquecida poucos anos atrás, porém nem tudo é perdido, aqueles que se sentem capazes de fugir da monótona miragem cotidiana analisam cada situação e vêem cada vez mais perto se concretizando o sonho de seus criadores e por enquanto, ostentadores de seus atos.
Então de repente, ouvi um porque, pois tamanho era meu isolamento dentro de uma cápsula protetora e geradora de pensamentos complexos e às vezes incompreensíveis, este porque, era justamente sobre minha solidão, que já não parecia tão eterna depois daquele momento, um porque tímido seguido de uma não resposta, afastando assim a questão e quem à fizera, mas não a curiosidade, isso me levou de volta a solidão, onde me senti melhor e assim fui vasculhando versos até que o som de morte do momento me despertou e em passos vagarosos me aconcheguei no pobre leito, fruto de um nada inconsciente ou de um inconsciente nada.

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